quinta-feira, 15 de novembro de 2012

3 poesias

você é o sangue que pulsa
bem bonita
sendo ainda
dona desse manejo
que levemente aflito me deixa
pelo fino que tirou
do lugar que entrou
pela porta entreaberta
na abertura era certa
e seu corpo de força e finesa
saiu implorando um desejo
pedindo alerta fera
ou um soldado em perigo
por algum tipo de esperteza
esperta (quem me dera)
indigente quimera aos poucos sai.
pra trás.
corre e tropeça
mas não sabe
nem metade
das pegadas que o curupira entra,
que rebobina ódio e acerta
essa raiva que amanhã não tem mais

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pra que serve a palavra
as minhas não sabem

quero falar de você aqui
nesse espaço branco e cinza
em que você falta

tanto aqui quanto a mim

mas a palavra não sai
quer dizer, não sabe

sair elas até saem

eu te amo

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o cigarro não é mais
que a comida não é, mas
o vinho seria mas não é suficiente
não é mais
não assim, mulher!
cada um com sua parte
e chego a dizer que
qualquer metade talvez servisse
sabe lá o que vai ser?
vai ver que mais dia
saio de bem com você
para um passeio com todas as suas
que são suas mas
seriam mais lindas se
num alívio abraço
e tudo mais:
bebidas, comidas,
menos labios vazios
de cigarros,vinhos
vazios dos seus ares, beijos e outros cálices
da sua vontade de menos receio
que ainda vejo mínima
e desejo
ainda






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